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Bem-vindo a mais um episódio de
Bem-vindo a mais um episódio de
estupidez. É um podcast que parece ser
distopia, mas que na verdade é um relato
fiel de estupidezes que estão mesmo a
acontecer na vida real. Hoje connosco
temos o milionário Manuel Vendilhão que
nos vem falar do seu mais recente
projeto. Manuel Vendelhão, o senhor é
mesmo muito rico, não é? Olá, Valdemar,
obrigado por me receberem aqui.
Desculpa, não é Valdemar, é Vasco.
Pronto, querem-me calar. É
impressionante como os mainstream media
silenciam vozes e acidentes. Onde é que
fica a liberdade de pressão? Pergunto,
desculpa lá, ó Manuel Vendelhão, o
senhor não está a ser silenciado. O meu
colega chama-se Vasco. É um facto, não
quer dizer, não é uma matéria de
opinião, não é? Tudo bem, só não esta
hostilidade. É por estas e por outras
que eu digo que se deve acabar com as
rádios públicas como esta. Quer dizer,
andeu a pagar. Calma, calma, calma,
calma, que esta estação é privada.
Enfim, quer dizer, isto é perseguição.
Qualquer narrativa que ponha em causa o
sistema é proibida pela nova inquisição.
Enfim, posso falar do meu novo projeto
ou vão continuar a tolher-me a
liberdade? Não pode, estamos em pulgas.
Senhor Manuel Vendelhão. Bom, como
sabem, eu eu montei uma empresa muito
bem sucedida de comércio online, que
concretamente vende pomadas
vasodilatadoras para a disfunção irétil
e, portanto, agora sou muito rico.
Muitos parabéns, senhor Manuel
Vendelhão. A questão a questão é que o
dinheiro não é tudo, meu caro, e eu
precisava de uma missão que me
preenchesse a alma e tivesse um pacto na
sociedade. E, portanto, vai dedicar-se a
projetos de filantropia e beneficiência,
como historicamente fizeram alguns dos
mais respeitados empresários do nosso
país. Não, não, não, não. Eu pretendo
usar meu dinheiro para pagar espaço
publicitário nos meios de comunicação
que vou usar para exibir anúncios que
contenham um apelo ao retrocesso
civilizacional.
Ah, bem jogado. Também o primeiro
anúncio que vou pôr a passar em todas as
rádios tem que ver com o problema da mão
barata. Ah, o problema, ou seja, o facto
de receberem salários baixos. Não, o
problema, ou seja, o facto de receberem
salários. É uma chatiça para processar
os pagamentos. para além disso, fique
com menos dinheiro. Vamos ouvir. Durante
séculos, gerações de homens com elevados
níveis de masculinidade trabalharam sem
qualquer recompensa. Hoje, jovens
mimados não agradecem a oportunidade
dada pelos empreendedores. Servir é um
privilégio. Salário é desnecessário.
Obrigado pelo emprego, amigo patrão.
Trabalho com gosto todo
mês. Esquece isso. Não preciso de
remuneração. O salário, na verdade, é
estupidez. O salário, na verdade, é
estupidez. Cá está. O salário é
estupidez. Não é uma excelente campanha
de consciencialização. Ó, ó Manuel
Vendelhão, deste anúncio podemos
concluir que o senhor deseja ter servos
e não trabalhadores, não é? Acaba por
ser uma apologia da escravatura. Sim.
Pronto, agora trabalhar sem receber a
escravatura. Não, não sabia que estava
aqui a falar com Vladimir L no próprio é
que isto é de um radicalismo. É, é
cegueira ideológica. Certo. Certo. E em
que outros aspectos da sociedade é que o
Manuel Vendelhão gostava de intervir? Lá
olha, por exemplo, a abstenção. A
abstenção é um problema. É verdade.
Ainda há muita gente que não vota. Não
há demasiada gente a votar. Votava-se
bem era há 100 anos. Não havia filas.
Era só era só homens, não é? Havia um
ambiente. Se car precipitarmos ao
alargar o direito ao voto. Então, mas o
sufragio universal é um dos pilares da
democracia. Mas se o sistema precisa de
um abanão, os pilares também vão à vida.
Vamos ouvir o meu segundo anúncio que
apela ao retrocesso civilizacional. As
mulheres têm direito ao voto, porém a
política é complexa e enfadonha. A
energia feminina deve ser poupada à
democracia. Deixe o seu marido ir votar
sozinho com os amigos. É preciso quem se
ocupe dos tachos. Votar deve ser
exclusivo dos machos. Eu não tenho uma
mente crítica. Votar é muito aborrecido.
Não quero saber de política. Quem decide
é o meu marido. Que eu não tenho uma
mente crítica. Votar é muito aborrecido.
Não quero saber de política. Quem decide
é o meu marido. Eu não tenho uma mente
crítica. Votar é muito aborrecido. Não
quero saber de política. Quem decide é o
meu marido. Fica no ouvido. É, é, é, é,
é excelente. Olha, desculpe lá. Isto é
sinistro e é machista. Machista, quer
dizer, eu pretendo dar mais trabalho aos
homens que têm de ver os debates,
estudar as propostas, decidirem entre
dezenas de partidos, ainda por cima numa
coisa que agora é anual e sou machista.
Agora tudo é machista. Ó, ó, Manuel
Vendilhão, o senhor claramente só quer
restringir liberdades. Desculpe lá, mas
a mim ninguém me dá lições de liberdade.
Eu sou um defensor incondicional da
liberdade, sobretudo das crianças.
Defende a liberdade das crianças. Sim,
sobretudo preocupa-me o tempo livre que
as crianças têm. Mas é verdade, tem cada
vez menos tempo livre. Não, tem cada vez
mais tempo livre e não tem a liberdade
de usar para contribuir para o
crescimento económico. Vamos, aliás,
ouvir o meu último anúncio. No século
XIX, mais de metade dos trabalhadores
eram crianças. Infelizmente isso acabou
com grande prejuízo para a produtividade
nacional. Esqueçam a mudança. Respeitem
o passado. O país precisa da criança
empregado.
Eu sou uma criança
frugal. Só preciso de comer
sobras. Já pago segurança social.
Há 5 anos que trabalho nas obras.
Mais uma boa campanha. Não, não, isto é
horrível. O senhor tá a defender o
trabalho infantil. Mas que é que são os
senhores para terem a arrogância de
saber se uma criança quer ou não
trabalhar? A criança que está a cantar
no vídeo parece muito contente por estar
na construção civil. Não tá. Isto é uma
canção feita em inteligência artificial.
Não, aquilo não é mesmo que uma criança.
Está bem, mas foi uma criança que fez
isto em inteligência. oficial meu
sobrinho Vicente que eu não sei mexer
nessas coisas. Enfim, meus caros, já
percebi que não tem interesse nos meus
anúncios e por isso vou-me pôr embora
porque já são 6 da tarde, são 9:20 da
manhã. Pronto, mais uma vez censura. É
que não toleram opiniões
diferentes. Trata-se de uma super
produção.
Este rapaz é tão genial que no texto
estava escrito 9:20. E pá, e são 9:20,
pá. Incrível.
É um génio, Manel. Eu estou arrepiado.
Ele fez o timing todo. Vaiser uma
mensagem dizer rádio comercial. Olha
isto é muito
trabalho. Amadora.
Yeah.
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