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Michórdia de temáticas.
Bom dia. Bom dia. Bom dia. Ó meus
amigos, vocês, eu tenho verificado,
vocês estão a comportar-se como se nada
tivesse acontecido, quando ontem foi um
dia que ficará para a história. O que
aconteceu? Aconteceu que o presidente da
república foi à feira do livro. E isso
foi histórico. Foi, foi. Mas ele vai
todos os anos. Porque é que foi
histórico? Porque estava lá uma cidadã e
o Marcelo agarrou-se à nuca. Não posso.
Sim, sim, sim. Infelizmente na rádio nós
não podemos ver as imagens, mas podemos
ouvir o som. Prestem atenção. Ouviros
não não agarro com senhor presidente.
Atenção, só para as pessoas
interiorizarem bem. Só só mais uma
vez. Não, não, não, não agarre com
senhor presidente. Ouviram? Ouviram?
Portanto, não, não, não, não, não, não,
não me agarre no pescoço. Senhor
presidente Ricardo, explica às pessoas o
que levou a este momento histórico. Boa
ideia, Manuel. Eu sei que tu também
assist ocorrência e o que aconteceu foi
o seguinte. O presidente estava na feira
do livro e uma cidadã aproveitou para
protestar contra a postura do Estado
português em relação à situação em Gaza.
E a cada coisa que ela dizia, o Marcelo
exigia um pequeno direito de resposta,
por exemplo. Pois, porque o o presidente
não fez nada. Ó, senor presidente já se
pronunciou e isto é gravíssimo. Pois,
mas eu vou-lhe dizer porque a situação é
insustentável. Se tá bem repar, ó senhor
presidente, eu agora estou a falar
porque os cidadãos não têm tido a
oportunidade de falar comigo até têm
tido. E foi isto, foi isto durante algum
tempo, foi isto. E então o Marcelo diz
assim: "Pron, tá bem, vou esperar que a
senhora acabe o seu protesto e depois
vou falar com ela." Só que ela não quer
conversas e prepara-se para ir embora. E
o presidente agarra-lhe o pescoço por
trás na tentativa de a manietar. E
acontece então o que já ouvimos e que
aliás não cansa
ouvir. Diz, diz aos não, não, não, não
me agarre no pescoço, senhor presidente.
Não, não, não, não, não, não, não me
agarro no pescoço, senhor presidente. Eu
estou convencido de que frases como esta
deviam ser mais comuns na nossa
sociedade, não é? Cidadãos a
dirigirem-se a titulares de altos cargos
com públicos, com indicações práticas
sobre o que eles podem e não podem fazer
ao corpo desses mesmos cidadãos. Por
exemplo, eu sonho com não, não, não,
não, não, não, não me apo o rabo, senhor
cardeal patriarca. Ou não, não, não,
não, não, não, não me mordisca a orelha,
senhor procurador-geral da República.
Mas porque é que o procurador-geral da
República haveria de mordiscar a orelha
de uma cidadã? Sei lá, pela mesma razão
pela qual o presidente agarra o pescoço
a outra cidadã. Repara que agarrar o
pescoço e mordiscar a orelha são duas
práticas que às vezes são levadas a cabo
no âmbito de um frenezinho de paixão. Às
vezes nesses frnezinhos tanto agarras o
pescoço como mordiscas a orelha. Eu sou
muitas vezes alvo destas práticas porque
realmente faço o sangue ferver, não é?
Olha, olha, eu começo a acreditar que
ontem foi mesmo um dia histórico. Foi,
Vera, foi mesmo. O 4 de junho, o 4 de
junho em Portugal será equivalente ao 4
de julho nos Estados Unidos. A 4 de
julho, os americanos libertaram-se do
rei inglês. A 4 de junho, esta cidadã
libertou-se do presidente português. É
igual. É igual. Para o ano tem de haver
pirotecnia. Tenham paciência. Ó Ricardo,
e como é que este incidente está a ser
encarado? Há várias opiniões, Vasco.
Algumas pessoas acham que o presidente
esteve bem porque consideram que aquela
é realmente a maneira correta de agarrar
cidadãos pelo chamado
cangote. Se não se agarrar pelo cangote
é perigoso porque o cidadão bufa e
arranha. Mas outras pessoas dizem que
não, mas vale enrolar o cidadão numa
toalha ou assim eh para o acalmar porque
realmente a mãe dos cidadãos costuma
agarrará-los pelo cangote, isso não há
dúvida, mas é só para efeitos de
transporte e apenas quando são
pequeninos. O peso do cidadão adulto já
já desaconselha esta prática. Isto
realmente é um dia que muda tudo no
nosso país, não é? Tudo tudo. Nun eu
ontem fui aos pastéis de Belém, já levei
dois seguranças. Não fosse o presidente
sair do palácio e a correr para me
explicar a posição do estado português
sobre Israel. Ricardo, e será seguro ir
à feira do livro neste momento, Manel? É
isso. Eu acho que as pessoas devem estar
atentas. Fala-se muito no facto do do
Parque Eduardo VI ser perigoso à noite,
agora também é perigoso à tarde. Este há
aqueles relatos, há aqueles relatos de
vítimas que dizem: "Uma vez eu estava no
parque Eduardo Sétima à noite apareceu
um homem que me tentou agarrar, junta-se
agora ao relato. Então e eu que estava
no Parque Eduardo Sé à tarde, aparece-me
um presidente da República que realmente
pronto, cautela. Tá bem? Há aqui e há
aqui, atenção, e há aqui um escândalo
que eu não posso deixar passar. E qual
é, Ricardo? É a atitude inqualificável
do antigo árbitro Pedro Henriques. O que
é que ele disse? Nada a ver. E é essa a
questão, é completo silêncio. Por isso,
eu exijo que em nome da decência o
antigo árbitro Pedro Henriques nos
contacte hoje até ao fim desta emissão,
porque esta ação do presidente da
República é punida com a amostragem do
cartão amarelo. Atenção, não há dúvidas
nenhumas sobre isto. Não há outra
hipótese. No entanto, o antigo árbitro
Pedro Henrique está remetido a um muito
suspeito silêncio. E, portanto, é
primeiro foi o caso, aquele caso da da
Taça de Portugal, não é? De pisar a
coisa e agora há este de agarrar pelo
cangote. Nós, senhor árbitro, nós
estamos aqui até às 10. Seja sério,
senhor árbitro.
Michia de
temáticas. Michia é mesmo uma michória
de temática. Sabes para que é isto,
Pedro?
Isto isto é para isto é para o seguinte.
e ainda inebriado pelo facto de ontem,
eh, a propósito do da da Sobral de
Montegrço terem vindo ouvintes, o que eu
sonho é que realmente daqui a pouco toca
o telefone e Pedro Henriques, o antigo
árbitro, diga: "Bom, realmente esteve
mal e nem vai tocar o telefone,
simplesmente vai aparecer aqui,
aparecer, vai aparecer e diga: "Não,
não, realmente, realmente aquilo é tão
inusitado." Eu quando vi aquelas imagens
é porque o presidente tá mesmo a
apertar-lhe o pescoço. Que é isto? Ao
que chegamos, pá. Não pode o a minha
história temáticas é uma oferta
continente Hyundai e nós chegou o novo
Hyundai.
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